sábado, 30 de julho de 2011

Tão cansada

de tudo que tem vontade de chorar. Sua cabeça dói, ela se abraça tentando reunir seus pedaços. Não sabe quais dos golpes a fizera se quebrar. Foram tantos. Quase que diariamente. Sentada em seu quarto, com seus posters e suas músicas, queria desesperadamente que a Felicidade batesse em sua porta e ficasse. Mas ultimamente a Tristeza era uma visita frequente ali, e trazia junto as lágrimas. Por que você chora? Conte-me. Não! Ela não era boa com palavras, muito menos para expressar seus sentimentos. Deixem-me em paz, deixem-me ser diferente. Tirem essas drogas de máscaras e se mostrem como realmente são! Cansou de fingir. Cansou de se ferrar no amor. Coração idiota que só parece ser capaz de amar quem não a ama. Vida idiota, porque as pessoas legais que deveriam estar aqui, moram longe? Porque eles não podem vir para perto para me abraçar? Ela quer ir pra longe. Longe de tudo, até dos seus amigos. Talvez a faça bem, talvez não. Mas o que fazer se o que mantém presa aqui é o que mais a fere? Capacidade de imaginar, de sonhar. Sonhar sempre, ser parasita de vidas e sentimentos alheios. De algum jeito, magoava as pessoas que amava tanto quanto os outros a magoava. Era uma de suas mais fortes inimigas. Quantas vezes não se sentiu uma aberração, uma estranha no ninho. Um coquetel de sentimentos. Ela está presa num casulo. E talvez não se torne borboleta no final.

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